Porão
Marcos Mota tinha dez anos quando tudo aconteceu. O caso que
viria a deixá-lo traumatizado com porões ocorreu em sua casa no Jardim Romano,
no dia 23 de outubro de 1999. Era uma casa pequena, que possuía um pequeno
porão onde a mãe de Marcos guardava coisas velhas.
Um dia o garoto recebeu uma mensagem de sua mãe no celular e
nela dizia para ele se arrumar o mais rápido possível porque ela estava indo
para casa buscá-lo. Naquele dia eles iriam sair para assistir um filme no cinema
do shopping Sonda.
O jovem se arrumou o mais rápido possível e enquanto fazia
isso ouviu o ranger da porta de entrada de sua casa, algo que só acontecia quando alguém
abria a porta lentamente. Deduziu no mesmo momento que era a sua mãe e por isso
acelerou ainda mais o processo de arrumação. Quando já estava vestido com sua
camiseta branca, sua bermuda preta e seu tênis novo que sua mãe tinha comprado
na semana passada ele foi até a sala de sua residência correndo.
Quando chegou lá o garoto não viu ninguém. Tudo estava no
maior silencio e a porta da frente estava escancarada. Pensando que a mãe tinha
se esquecido de fechar ele foi até a porta e a fechou e trancou. “Acho que ela foi
ao banheiro” pensou o garoto.
O menino ficou esperando sentado no pequeno sofá de cor
verde na pequena sala de sua residência, a janela que havia ali não costumava
ficar muito aberta, no entanto, naquele dia ela estava; “Minha mãe deixou por
causa do calor” presumiu Marcos. O jovem ficou aguardando sua mãe aparecer e
levá-lo para sair, mas ela não aparecia de jeito nenhum. Em determinado momento
o garoto percebeu que a porta do porão estava aberta, mas que lá dentro tudo
estava completamente escuro. Ele então se aproximou dela e quando estava ao seu
lado perguntou.
- Mãe você esta ai?
Nada aconteceu a principio, no entanto, alguns passos foram
ouvidos pelo garoto que depois de escutá-los ficou com muito medo, até que de
repente ele escutou a voz de sua mãe; Ela vinha de dentro da escuridão do
porão.
- Vem aqui filho. Estou
aqui em baixo.
O garoto todo contente já se preparava para descer as
escadas e encontrar a sua tão amada mãe. O fato de o porão estar completamente
escuro não deixou o garoto assustado, quando ele ia descer as escadas, a porta
de sua casa foi destrancada e aberta rapidamente; Era a sua mãe. O menino ficou
em estado catatônico olhando para ela.
- Ah menino parabéns!
Já ta todo arrumado – Disse ela com alegria – Agora vamos senão vamos chegar
atrasados.
A mãe do garoto então pegou em sua mão, o levou pra fora de
casa e trancou a porta da residência com rapidez.
Marcos nunca soube o que aconteceu naquele dia, quanto mais
ele se lembrava da história, mais perturbado ele ficava. No futuro a sua mãe
notou o seu comportamento estranho quando o assunto era o porão e decidiu
perguntar o que tinha acontecido, mas depois de ouvir a explicação, não
acreditou no garoto e disse para aliviá-lo que naquele mesmo dia, quando eles
chegaram em casa depois de voltarem do Sonda, ela verificou todo o porão e não
encontrou nada lá dentro há não ser suas coisas velhas.
Alguns meses se passaram e um dia de noite o garoto não
conseguiu dormir porque ficou pensando nas coisas que aconteceram no dia 23 de
outubro. O trauma tinha sido muito poderoso e naquela hora da noite era difícil
não ficar com medo, principalmente para uma criança. Subitamente o garoto ouviu
a porta do porão abrindo e logo em seguida o som de alguma coisa correndo. O
medo aumentou ainda mais e o garoto se escondeu debaixo das cobertas por causa
dele, estava completamente dominado pelo pânico. Ao longe ele escutou a porta
do quarto de sua mãe abrir lentamente e depois ouviu vários ruídos bizarros,
era como se alguma coisa estivesse sendo cortada, dilacerada por uma lamina.
Depois dos ruídos ele ouviu o som de alguém correndo novamente até que subitamente
o som se extinguiu. O menino estava quase gritando; O medo que ele sentia era
maior do que qualquer outra coisa.
Após um tempo quieto no silencio profundo e obscuro de sua
casa, o garoto curioso para saber se estava tudo bem perguntou em voz alta.
- Mãe! – Ele fez uma
pausa – Ta tudo bem?
- Sim meu filho! Esta
tudo ótimo, agora volte a dormir que esta tarde.
Ouvindo a voz de sua mãe o garoto se sentiu calmo o suficiente
para fechar os olhos e se deixar levar pelo sono que sentia. Marcos adormeceu
bem rápido. A voz de sua mãe tinha feito todo o medo desaparecer. Seus sonhos
naquela noite foram maravilhosos.
No dia seguinte o garoto acordou forte e disposto.
Irradiando felicidade foi correndo dar um bom dia para sua querida mãe. Quando
ele chegou no quarto quase caiu para trás por causa do susto que tomou; Foi
muito poderoso. Sua mãe estava completamente dilacerada em cima de sua cama, a
cabeça tinha sido arrancada de seu lugar de origem e estava jogada no chão, a
expressão facial de pânico ainda permanecia vivo em sua face. Havia sangue por
todas as partes de seu quarto. O garoto se ajoelhou perante aquela imagem e
começou a chorar freneticamente, sua mãe era muito mais pra ele do que qualquer
pessoa poderia imaginar. Certo tempo se passou e o garoto após reunir
fragmentos de coragem, ligou pra policia que não demorou muito pra chegar. A
policia ficou espantada com a cena do crime e iniciou as investigações o mais
rápido que podiam, mas não encontraram nada, absolutamente nenhuma pista de
quem ou o que tinha feito aquela barbaria.
A
guarda do garoto passou a ser da tia e desde aquele dia o menino nunca mais
conseguiu entrar em um porão e nem falar sobre um.
O caso do assassinato da mãe do garoto nunca foi esclarecido
e até hoje permanece em aberto.
Olá queridos e queridas, aqui quem fala
é o E.L (Escritor Louco) e esse é o conto de terror de hoje. Espero que tenham
gostado do texto e entendido a mensagem por trás dele. Lembrando sempre que o
blog filosofia de um louco é aberto a criticas, sugestões, opiniões, reações,
ou seja, pode se expressar a vontade. Se você curtiu esse texto compartilhe ele
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