O sol desapareceu num piscar de olhos. Meu consultório de psicologia havia sido banhado pelo silencio total, indo da porta de madeira ao meu divã seminovo. Respirei fundo “1,2,3”, tranquei tudo e sai. A seta no alto da porta indicava que o elevador estava descendo bem devagar. Coloquei a mão no bolso do meu casaco e apanhei com os dois dedos da mão direita um cigarro clássico, levei até meus lábios cautelosamente enquanto curtia aquela singela “vibe” do ambiente. O elevador soltou um som de aviso e a porta se abriu, estava vazio por dentro, me identifiquei profundamente. Voltando pra casa naquele início de noite, o trânsito pareceu complicado no começo, entretanto, logo mostrou o que era de verdade: um caminho tranquilo com poucos veículos nas avenidas... Bem esquisito, não era feriado. Um piscar de olhos, sons da rotina, meu cigarro no final e minhas chaves no fundo do bolso esquerdo da calça jeans. Encarei a porta de meu apartamento humilde
Bem Vindos a Minha Mente!